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Paulo César Araújo
pode existir muitos,mas
Pagão só existiu um.
Adepto do futebol-arte.
Um dos maiores futebolistas do Brasil
, na década de 50, ao lado de outros
grandes jogadores como
Pelé e Pepe,
formando um
ataque conhecido como
"ataque dos P's".
Franzino e com o toque de bola
refinado, ficou conhecido pelos
torcedores adversários como
"Canela de vidro", pois sofria
muito com os
choques dos zagueiros.
Iniciou sua carreira no Jabaquara
Passou pela Portuguesa Santista,
indo para o Santos no ano de 1955,
saindo da Vila Belmiro
em 1963 e retornando em 1965.
Dono da camisa nove,
Pagão conquistou
inúmeros títulos no Santos:
Campeão Paulista em
1955, 56, 58, 60, 61 e 62;
Campeão Brasileiro (Taça Brasil)
em 1961 e 62;
Campeão Sul-Americano
(Taça Libertadores)
em 1962 e
Campeão do Torneio
Rio-São Paulo em 1959.
Com 59 partidas disputadas
em 1957, Pagão foi
o artilheiro do time, com 34 gols.
No ano seguinte, o atacante balançou
33 vezes as redes adversárias,
sendo o terceiro jogador mais
assíduo do Santos, e está dentre
os 10 primeiros artilheiros
da história do Peixe.
Gostava de jogar fora da área.
Não ficava estático na frente
do ataque -
armava e preparava as jogadas,
que quase sempre resultava em gol,
ou dele, ou do Pelé.
Foi o primeiro
grande parceiro de Pelé, e
sempre servia o Rei praticamente
na cara do gol.
Todos estes frutos lhe renderam
um admirador
digno de ser admirado por toda
a nação, o cantor
e compositor
Chico Buarque de Holanda.
Para ele, Pagão
é o seu maior ídolo.
A paixão era tão grande que
Chico, ainda menino e
sem dinheiro, ia aos jogos do
Santos, no Pacaembu, e
ficava esperando a
abertura dos portões,
após o intervalo, só para
ver as incríveis jogadas de Pagão.
Até declarou sua admiração
pelo jogador em
seu DVD Chico Buarque -
O Futebol, em
sua canção intitulada Futebol.
Após vitórias e conquistas,
Pagão teve um
fim um tanto desagradável.
O jogador, de belos passes,
de leveza a cada
toque na bola, veio a falecer
por falência do
fígado em 4 de Abril de 1991,
aos 56 anos.
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